sexta-feira, 26 de agosto de 2011

PMDF vs Rede Record, no final das contas um bom resultado.



Nesta semana estamos presenciando no Distrito Federal uma situação que lembra muito a minha infância onde eu ficava de birra com algum irmão ou amigo e fazia de tudo para atrapalhá-lo, em tudo, de forma que ele também revidava no conseguia e tínhamos uma semana de brigas infindáveis até que um adulto intervinha e fazia com que nos déssemos as mãos e tudo voltava ao normal.
O interessante nesta semana é que a briga entre as instituições, mostra nada mais nada menos do que as duas agindo como tem que agir.

Primeiro a PMDF seguindo a lei, notificando quem está agindo contra o Código de Trânsito Brasileiro (isto inclui os veículos de emissoras de TV que insistem em estacionar seus veículos em cima de gramados), e apesar dos funcionários das emissoras sempre se solicitarem ao policial que está notificando um bom senso por se tratar de serviço e não lazer. Visto que 90% dos condutores de veículos que se encontram em situação irregular no Setor Comercial Sul (e são notificados), por exemplo, também não se encontrarem em situação de lazer também serem notificados. E o que está ocorrendo é uma ótima oportunidade para os que abrem exceções pararem de fazer, pois o resultado é esse, a exceção vira regra, e para mudar isto é complicado.
Já a rede Record tem mais é que denunciar os abusos e ações equivocadas de policiais, já que se trata de uma categoria funcional como qualquer outra e sujeita a ações errôneas e isoladas de alguns servidores, que não representam a maioria, e que mudariam sua forma de agir (a forma errada de agir) quando forem denunciados. Nós policiais militares, que agimos corretamente, que tem educação além de regulamentos e leis que guiam nossa conduta não estamos indignados e nem de birrinha como noticiou um apresentador da Record, estamos sim é satisfeitos, já que a imprensa está cumprindo seu papel primordial em uma sociedade democrática, expor a verdade e os fatos, e os fatos meus amigos, depois que filmagens começaram a se tornar tão corriqueiras, são irrefutáveis.
O que está ocorrendo é excelente, principalmente para o cidadão comum, que só tem a ganhar, com um Policial correto que não abusa em função de seu serviço e com uma emissora de TV que trabalha em prol da comunidade, denunciando o que ocorre de errado e respeitando as normas de trânsito como qualquer outro tem que respeitar, afinal de contas ser da imprensa, assim como ser policial não lhe garante regalias e sim responsabilidades.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

CRIMES? CRIANÇAS? PENAS?


Há muito se discute no Brasil sobre a possibilidade da imputabilidade de crimes a adolescentes a partir de 16 anos pelo Código Penal e não pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Estatuto este que foi uma grande derrota na área criminal para o Brasil.
Existem as mais diversas teorias, como a de que se o adolescente a partir de 16 anos tem responsabilidade para eleger o presidente da nação tem que ter também para assumir seus erros, e assim responder por eles.
Também temos juristas que apesar dos menores estarem apreendidos por atos infracionais, cada vez mais graves, insistem em procurar causas para a conduta do menor, lhe colocando como vítima do sistema, e não autor de um crime, como na verdade é. Todos sabem que alguém teve culpa pelo menor praticar um crime, mas alguém também teve para o adulto cometer o seu crime, não podemos menosprezar o simples fato de que o jovem ou o adulto cometeu um crime e tem que responder por ele. Nosso sistema judiciário está lá para inicialmente julgar o autor do crime e penalizá-lo para que não mais cometa crimes, e servir de exemplo para que outros não sigam o seu caminho.
O que vem ocorrendo no Brasil e o caminho oposto, onde menores a cada dia cometem mais crimes, e cada vez mais violentos, pois tem a certeza de que nada vai lhes ocorrer. E o melhor de tudo, mesmo que um menor, que hipoteticamente com 17 anos e 11 meses de vida (um adolescente) venha a matar uma família inteira, cinco, seis pessoas, ele vai cumprir nada mais do que três anos de internação, e para completar a situação, o jovem empreendedor do mundo do crime sai com a ficha completamente limpa, isso mesmo sem nenhum antecedente criminal, apesar de ter exterminado uma família inteira.
Outra teoria em voga é a de que se penalizarmos o maior de 16 anos, os criminosos começariam a utilizar os menores de 16 para assumir os crimes assim como fazem com os menores de 18. Não que isso não vá ocorrer, mas semana passada tivemos situações no Distrito Federal que mostraram que nossas crianças não precisam de ninguém para lhes ensinar o caminho das pedras para virarem marginais, basta a ausência dos pais para que isso ocorra.
Na cidade de Sobradinho-DF duas garotas (13 e 14 anos) foram apreendidas no início da noite do dia 08 de julho por volta das 19h, após cometerem furtos em várias lojas em Sobradinho. As meninas portavam um simulacro de arma de fogo e após realizarem os furtos nas lojas, iniciaram uma sequência de roubos contra diversas pessoas que passavam pela quadra 02 no conjunto "D". Na foto a seguir os objetos dos roubos das “crianças”.

Já na cidade do Paranoá, também do Distrito Federal, uma quadrilha, com o perdão da palavra aos defensores do ECA, com integrantes de 13, 14 e 16 anos de idade, manteve um estudante e uma vendedora sob a mira de um revólver durante um seqüestro relâmpago (roubo com restrição da liberdade), e além do seqüestro, quando presos falaram aos policiais que a intenção deles era de roubar outro carro.  
E seguem sem fim essas histórias como a da criança de 14 que atirou no irmão de 8 fazendo uma roleta russa ao contrário para ficar mais emocionante, com o revolver com 5 munições e um espaço vago no tambor, essa em Ceilândia-DF.
Todos esses feitos foram no mês de julho deste ano, e mostram uma realidade cada vez mais assustadora, a de que nossa justiça e nossa sociedade está perdendo o controle, perdendo por ser benevolente demais a que não merece isso. E para pararmos com essas teorias cada dia mais absurdas basta fazermos uma rápida reflexão.
Não leva mais do que alguns minutos:
Pense na sua filha, filho ou sobrinha, sobrinho, que você cuida há tanto tempo, viu falar as primeiras palavras, dar os primeiros passos, cada dia, cada minuto que você como responsável dedicou a este ser que quando nasce passa a ser seu pote de felicidade, quando tudo está dando errado você para um minuto e se lembra da sua criança e momentaneamente esquece dos problemas, esquece das aflições da vida. Pensou nisso tudo? Agora pense em uma pessoa fazendo mal a seu filho, a sua estrela guia, a seu motivo de tudo nesta vida depois que nasceu. E pense que quem fez mal a seu filho tem 15 anos...e aí? Vamos perdoá-lo afinal é uma criança, ou vamos fazê-lo cumprir uma pena pelo mal que fez. Entenda quando digo pena, não digo apenas um castigo, mas uma forma deste adolescente de 15 anos que fez este mal pensar um pouco e sentir que quando se age pro bem ou pro mal existem conseqüências, e ele tem que assumi-las. Não vamos ser hipócritas!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

NOVOS TEMPOS E NOVAS REAÇÕES À AÇÕES VIOLENTAS



Novos tempos exigem novas posturas, e enquanto estas novas posturas não acontecem, percebemos que algo está diferente. Esta semana foi noticiado nos principais meios de comunicação a tentativa de arrombamento de um caixa eletrônico na Zona Norte de São Paulo. O caixa eletrônico ficava dentro de um supermercado e a tentativa ocorreu na madrugada de sexta feira (5).

O azar dos bandidos foi a chegada de policiais militares das Rondas Ostensivas Tobias Aguiar (ROTA), que já sabiam que o crime seria realizado e patrulhavam a região. Quando os policiais chegaram, houve reação dos marginais seguindo-se uma intensa troca de tiros. Do total de 15 marginais, seis morreram, cinco no hospital e um no local. Segundo a policia, eles estavam com um maçarico, fuzis, metralhadoras e pistolas. Apesar da troca de tiros, nenhum funcionário do supermercado ficou ferido.

Mas o que se percebe de mudança sobre esta ocorrência onde seis marginais foram mortos pela ROTA? Afinal de contas bandidos mortos pela policia não aconteceu pela primeira vez agora e nem será a última. O que percebi de diferente foi à percepção da população e da mídia sobre o ocorrido. Pouco se falou nos meios de comunicação, fato impensável há alguns anos onde a mídia iria criticar a ação policial por semanas a fio, até o momento em que o comando dos policiais iria informar que todos estariam afastados até o término das investigações sobre o ocorrido, fora organizações não governamentais e OAB, que iriam cair matando contra a Polícia Militar.

Agora, ledo engano se a alguém acha o que está ocorrendo ser bom para os policiais, pois não é. Para a policia melhor seria se não se chegasse a esse ponto, ponto onde a sociedade tolera ações mais violentas, pois já não sabe mais o que fazer, já não sabe a quem recorrer. As leis não funcionam, o Estado se omite, os presídios não seguram nem reeducam ninguém, então sobra para a última linha de frente antes de o bandido entrar nas casas e fazer o que quiser... o POLICIAL MILITAR.

É muito preocupante o que está ocorrendo em nosso país, podemos estar entrando em uma armadinha difícil de sair, ou que tenha um preço muito caro depois. Temos que combater a violência sim, mas não só pela repressão. Nosso serviço como policiais militares é o de evitar a criminalidade através da ostensividade, mas a cada dia, a bandidagem não respeita mais a presença policial já que tem o respaldo da frouxidão das leis brasileiras, e como não existe o respeito a farda, os policias a cada dia tem que ser mais duros no combate à bandidagem, e a sociedade está vendo e nada falando pois é a única luz que elas vêem no fim do túnel.