Semana passada o assassinato de um jovem na cidade universitária da USP reacendeu uma discussão que existe desde o fim da ditadura militar, na verdade não uma discussão, uma mentira que de tantas vezes repetida acabou se tornando uma falsa verdade, a de que o universo universitário não permite a presença da Polícia Militar em seu meio, pois fere os princípios de liberdade de expressão.
Boa parte dos professores das universidades foram os mesmos que passaram maus bocados na ditadura militar e tem grandes ressentimentos contra ações policiais, mesmo que a realidade seja outra completamente diferente, estes funcionários ligam ações policiais a repressão, e em alguns aspectos não estão errados, já que a repressão à criminalidade faz parte do serviço policial e talvez por isso alguns alunos e centros acadêmicos não aceitem a presença de policiais nas instalações das universidades. A presença da PM nestes centros com certeza coibiria o uso e tráfico de entorpecentes, hoje livre de repressão, já que o foco principal da ação dos vigilantes é o patrimônio da universidade e mesmo, no que se refere a segurança dos alunos está segurança é bem restrita, devido a conhecimento técnico e experiência no combate a bandidagem.
A realidade brasileira onde a violência não conhece fronteiras está criando uma situação inusitada nestas universidades federais, boa parte dos estudantes das universidades já admite e até mesmo exige a presença da segurança pública nas instituições, criando com a presença dos policiais um clima de segurança.
Segurança pública é algo que os reitores não têm que se preocupar e tentar resolver, cada um com a sua realidade, universidades tem que se preocupar em formar cidadãos transmitindo conhecimento e empreendedorismo aos alunos. Nossas universidades já têm muito com o que se preocupar já que não estão nem entre as 100 melhores no ranking mundial e tem uma produção acadêmica tão ínfima ainda se comparada com outros países.
Segurança pública tem que ser realizada por quem é especialista em segurança pública, vamos por os pés nos chão, e parar com está hipocrisia que policial não pertence ao mundo universitário, nossa realidade está cada vez mais distante disto. No DF, por exemplo, nossos policiais são em sua grande maioria formados em nível superior e o último certame teve como pré-requisito nível superior completo. A Polícia está evoluindo... e vocês reitores?
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