Há alguns anos nosso governo federal quis colocar a culpa da violência no Brasil no número de armas em circulação, principalmente as ilegais. Não que este fator não seja relevante, ele de fato é, mas não é o único culpado, como nosso estadistas querem colocá-lo e assim esconder sua total ineficiência e inércia contra o aumento continuo na criminalidade no país.
São vários os fatores que contribuem para nossa criminalidade, falta de educação, sensação de impunidade, leis brandas e desatualizadas (nosso código penal de 1941 contemplava outra realidade), falta de espaço em presídios, forças de segurança mal remuneradas, além do que o exemplo vem de cima: o que adianta o cidadão, trabalhador, que tenta ser honesto, ganhar o seu de cada dia, dar exemplo pros filhos, aí vê na TV tantas roubalheiras e ninguém, absolutamente ninguém ser preso ou condenado, até mesmo réus confessos de homicídio?!
Aí nossos grandes eleitos com vontade de aparecer, vendo que não conseguem se mover no lamaçal que é o congresso nacional, sem nenhum conhecimento técnico, querendo apenas gastar o que não é deles, e gastar mal por sinal. O referendo realizado em 2005 sobre desarmamento custou a bagatela de 252 milhões, e este valor a seis anos atrás, valor que hoje daria para se construir nada menos que aproximadamente 10 presídios com capacidade para 300 presos cada.
Mas quem sou eu para criticar este referendo, tão defendido pela sociedade civil e pela mídia? O que tenho de embasamento para achar que o desarmamento da sociedade não diminuiria a criminalidade. Bem estou me baseando em dados relativos à ocupação do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro no fim do ano passado onde de todos os armamentos apreendidos, onde de cada 10 (dez) armas apreendidas sete foram fabricadas fora do país e o mais interessante 60% destes armamentos são de uso restrito das forças de segurança pública OU SEJA, NÃO PODE SER COMPRADO EM LOJAS DE ARMAS.
Então é compreensível que, a pessoa que não lê muito e não trabalha na segurança pública caia neste apelo do governo, mas nós policiais e cidadãos que estamos um pouco mais interados não podemos comprar mais essa história pra boi dormir. Temos muito o que cobrar e com certeza não seria a proibição da venda de armamentos. Nós cidadãos comuns não moramos em condomínios fechados e não andamos de carros com seguranças, temos que poder nos defender, e com certeza não vai ser com um pedaço de pau que vamos fazer isso.
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