quarta-feira, 27 de julho de 2011

CADA UM COM SUA RESPONSABILIDADE NO COMBATE AO TRÁFICO DE ENTORPECENTES


Um levantamento da Policia Federal neste ano mostrou que, das 61,9 toneladas de maconha apreendidas, 23 foram interceptadas no Paraná, que faz fronteira com o Paraguai. E que, das 11,8 toneladas de cocaína apreendidas, 3 toneladas foram localizadas em Mato Grosso, na fronteira com a Bolívia.

Isto nos mostra que além de intensificar o policiamento nas ruas, e se endurecer as leis nosso governo tem que aumentar a fiscalização nas nossas tão mal vigiadas fronteiras, pois temos ligações terrestres com os maiores produtores mundiais de drogas. Além de políticas e ações conjuntas com estes países. Vale lembrar que estas políticas seriam muito mais eficientes do que o patrulhamento em fronteiras já que temos o exemplo dos Estados Unidos que fazem fronteira com o México, uma fronteira muito menor do que a nossa, e vigiada por um país muito mais rico e com muito mais tecnologia que o Brasil.

Segundo o canal Saúde do portal Terra, nos últimos seis anos, o Brasil gastou mais de 700 milhões de reais no tratamento de dependentes de álcool, cigarro e drogas ilícitas. Este número representa apenas os custos com internações nos hospitais públicos e a medicação aplicada nos pacientes viciados.
A cifra pode ultrapassar um bilhão de reais, quando somados os gastos com as constantes campanhas antidrogas do governo e as atividades das polícias civis e militares no combate à disseminação do tráfico neste mesmo período.
É muito dinheiro, e além desta quantidade de dinheiro gasta, sobra para nós policiais a culpa pela quantidade de pessoas morrendo em decorrência das drogas. Em qualquer telejornal, sempre que se fala em CRACK, ou qualquer outra droga da moda, se mostra alguém reclamando da falta de policiamento, da falta de combate aos traficantes.
Nós policiais continuamos combatendo o tráfico e uso de entorpecentes, mas sem a devida divisão ações o ritmo de aumento de consumo só tende a aumentar, e nossa população a perder com famílias cada vez mais dilaceradas

quarta-feira, 20 de julho de 2011

SEGURANÇA PÚBLICA: SOLUÇÕES PALIATIVAS VS SOLUÇÕES DEFINITIVAS


Como nossos autoridades não pensam em soluções definitivas para a segurança pública, os governos estaduais e municipais vão implementando soluções paliativas, para mostrar a sociedade que fazem algo, mas que infelizmente eles mesmos sabem que não adiantam.
Em São Paulo, o governador anunciou a criação de uma unidade de policiamento para as marginais, Pinheiros e Tietê, após ondas de assaltos a motoristas nestas vias. Assim como essa atitude do governador, várias são tomadas pelo país inteiro, e resolvem por um tempo, mas nunca de forma definitiva.

O que parecem desconhecer é que o criminoso não age de forma estática, ele não fica sempre no mesmo lugar, ele migra sempre quando percebe um mínimo de dificuldade. Mas se não é assim que se age, o que se deve fazer?
Dentre algumas ações que tem que ser adotadas é a implantação de um sistema prisional que funcione, onde se recupere o criminoso que quer mudar de vida e que deixe mofando preso o elemento que não tem mais jeito, que é reincidente pela décima vez.
SOLUÇÃO PALIATIVA

Vários estados e municípios não utilizam a verba destinada a construção de presídios e cadeias públicas, pois não querem tais instalações perto de suas áreas eleitorais e ainda tem a demagogia de falar que chega de presídios, presídios não resolvem o problema de segurança, o que resolve é educação.  Isso já sabemos, mas enquanto tivermos vagabundos e marginais nas ruas não vai ter colégio que dê jeito.

Outro ponto é a atualização de nossa legislação. Temos que tirar tantas regalias de pessoas que não nasceram para viver no meio social, são psicopatas, sociopatas que desprezam todo gênero de lei e regulamento, tem total desconsideração pela vida alheia. E estas pessoas após uma quantidade de anos é liberta, sem nenhuma avaliação psicológica.
SOLUÇÃO DEFINITIVA- AÇÃO CONJUNTA 

Uma hora a segurança pública vai ser tratada de forma séria e relevante, e nesta hora, vamos perceber como cidadãos e como policiais que vivemos em um país sério e evoluído, onde a liberdade da grande maioria vale mais do que direitos transloucados de uma massa de marginais que não se preocupam com nada além de seus próprios bolsos.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

SEGURANÇA PÚBLICA, ELEIÇÕES E PCS

No Distrito Federal em épocas de eleição a segurança pública é uma das áreas onde os postulantes ao governo mais gostam de inventar a roda. Tentam de toda forma vender à sociedade maneira inéditas de combate à criminalidade. Pena que na maioria das vezes são invenções demagógicas que funcionaram em outras cidades ou países com realidades totalmente diferentes da brasileira.

A última jogada de marketing foi instalação dos postos comunitários de segurança (PCS) que transmitem realmente uma segurança, mas para quem mora ao lado dos referidos postos policiais, mas já a 100 metros destes ocorrem assaltos, furtos e perturbações. Isto para uma unidade federativa com quase dois milhões de habitantes. Imagine quantos postos seriam necessários para transmitir segurança para todos.

Outro ponto a ser analisado seria o do efetivo empregado. Já que a coberta é pequena, muitos policiais teriam que sair do radiopatrulhamento das ruas, o que é muito, mas muito mais eficiente para compor guarnições nos referidos postos. E em grande parte das vezes os postos estão guarnecidos com dois policiais, o que impede uma ação eficiente, pois o posto não pode ficar vazio e tão pouco o policial ir só a uma ocorrência em que desconhece a realidade da situação.
MODELO DE POSTO COMUNITÁRIO DE SEGURANÇA DO DF

Além dos policiais militares que convivem com a realidade da segurança pública, especialistas também acreditam não haver evidências da eficiência dos postos policiais. Um destes especialistas é o coordenador acadêmico do Núcleo de Segurança Pública da Fundação Universa, George Filipe Dantas, que acredita que o combate à criminalidade é mais eficiente com a realização de rondas motorizadas. Ainda segundo George, os crimes de oportunidade são baseados na idéia de que o delinqüente não vai bater de frente com o policial. Se o bandido tem certeza que todos os PMs estão estáticos, chega a conclusão de que pode circular livremente em outros locais.

Mas o que temos de errado pode se transformar em algo de proveitoso para a segurança pública se for utilizado de forma adequada. Nossa secretaria de segurança pública dispõe de mapas de incidência criminal onde são demonstrados pontos críticos de violência. Porque não dar mobilidade aos referidos postos comunitários? Colocando-os nas áreas mais criticas por um tempo, se intensificando o policiamento, compondo com o efetivo do posto, motociclistas e viaturas, e depois deste choque de policiamento com um posto 24 horas presente durante um tempo, migrasse para outra área com a mesma intenção, transmitindo assim uma sensação maior de segurança para a comunidade local. Porque isso não pode ser efetivado? Por que alguém teria que admitir a ineficiência dos postos comunitários de segurança, e admitir que um plano anunciado como salvador da sociedade deu errado é algo duro de fazer.

E enquanto isso sofre a população e os policiais que estão nas ruas em número cada vez mais reduzidos, pois seus companheiros estão engessados nos tais postos.

sábado, 9 de julho de 2011

Contextualizações sobre segurança pública


Segundo o site G1, na sexta-feira dia 1º de julho nosso vice presidente foi vítima de uma tentativa de assalto em São Paulo. Para muitos justiça divina, mas para nós mortais apenas a constatação de que vivemos em mundos realmente diferentes, e por isso policiais, civis e autoridades brasileiras em geral temos uma concepção tão eqüidistante, sobre segurança pública.

Como policiais verificamos em loco que muito do que se fala não se aplica nas ruas, nossos políticos com seus discursos sobre todos estes fundos e verbas destinadas a segurança são pouco ou mal aplicadas no que realmente importa. Percebemos como o combate à bandidagem no geral é complicada, prendemos as mesmas pessoas tantas vezes que não raramente sabemos seus nomes  e pelo que foram presos a última vez.

Já os civis, estes realmente acham que entendem do serviço policial, tenta nos estereotipar, julgando todos pela ação de algum bandido transvestido de policial, tentam nos ensinar nosso serviço, e ainda nos culpam pelo descalabro das ruas, onde quem realmente rouba, e rouba de verdade, não são estes bandidos que estão nas ruas e sim ladrões engravatados que roubam milhões.

E finalmente nossos poderosos que de nada entendem, principalmente sobre segurança pública, e quando são acometidos por um pouco de realidade como esta situação em que nosso vice-presidente passou, o quadro é outro, ou algum de nós tem um carro com quatro seguranças do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) acompanhando nosso blindado conduzido por um motorista.