segunda-feira, 30 de maio de 2011

DELEGADO DA PCDF CRITICA VÁRIAS AÇÕES E PRETENSÕES DAS PMS NO SENADO FEDERAL



Esta é uma demonstração de como nós policiais militares não têm representação, não entendemos de política, temos os salários que merecemos, e estamos em uma situação que muitos insistem que vai melhorar, mas infelizmente amigos, sinto que se vai realmente melhorar vai demorar um pouco.

Assistam partes deste vídeo que está na internet, aonde um delegado do DF, vai ao Senado falar sobre segurança pública, o que deveria ser feito por um dos nossos coronéis, em suas associações de comandantes gerais e por aí vai, mas não aparece no Senado um delegado e como se isto não bastasse, vai para além de falar da segurança pública, falar mal de atividades exercidas e pleiteadas pelas POLICIAS MILITARES DO BRASIL.

Em especial a partir dos 7min30seg onde o delegado do DF começa a meter a lenha no serviço e pretensões da nossa POLICIA MILITAR.

Primeiro fala mal dos policiais velados, nossos águias, que fazem um excelente trabalho, mas que no discurso do excelentíssimo delegado deixam é de atuar no preventivo, deixando os vagabundos agirem para depois prendê-los, onde o delegado fala que a sociedade não quer isso, mas engana-se o delegado, pois a população quer, é policia prendendo bandidos doutor, não interessa quem está prendendo, e sim que estes estejam sendo presos. Se a investigação dos senhores não funciona, a nossa funciona.

Em segundo lugar este delegado vem falar mal da intenção das POLICIAIS MILITARES de confecção de Termos Circunstanciados, como se fosses policiais incompetentes que não conseguem executar este serviço que é tão mal prestado por vcs, e isto não é um absurdo jurídico, isto é um vácuo de poder, pois se nossos policiais civis não fazem bem seu serviço, estão abrindo espaço para nós policiais militares fazermos.

Pelo que percebo, estamos no caminho certo pelo menos no que se refere à confecção de TCs e policiamento velado, e este discurso mostra o desespero em convencer os congressistas de que a policia militar não pode dar caminhar para se tornar uma polícia mais completa. Nós temos que tomar cuidado para que estas palavras deste delegado presidente do sindicato de delegados do DF, o Sr Benito Tiezzi não consigam muitos ouvintes.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

PMDF E O TERMO CIRCUNSTANCIADO

As entidades representativas da PCDF buscaram o Secretário de Segurança Pública do DF, na semana passada, solicitando providências para que a PMDF não efetue o registro de ocorrências Policiais, conforme texto a seguir:

"Entidades encaminham ofício ao Secretário de Segurança

Preocupado com a matéria veiculada no jornal Correio Braziliense desta segunda-feira (16), que informa sobre a implantação de equipamentos em viaturas da PM que permitirão o registro de ocorrências policiais, os presidentes do Sinpol, Ciro de Freitas; Sindepo, Benito Tiezzi; e Adepol, José Werick, encaminharam ofício ao Secretário de Segurança Sandro Avelar para adotar providências no sentido de impedir possível usurpação de função.
No documento, as entidades lembram que o registro de fato delituoso é o primeiro ato da investigação criminal, atribuição constitucional da polícia judiciária e não de militares da PM.
O presidente do Sinpol argumenta que se é para dar atendimento mais ágil à população, logo após a ocorrência de um crime, que se equipe também as viaturas da PCDF para realizar tal tarefa: “O que não podemos permitir é invasão de competências, o que vai de encontro a Constituição Federal”.
Como sugestão, as entidades apontam no ofício que os equipamentos instalados nas viaturas da PM sejam meios de consulta, visando auxiliar os policiais militares na prevenção de delitos.
Diante dos fatos expostos, os presidentes das entidades solicitam que sejam adotas medidas necessárias, no âmbito da política de Segurança Pública do DF, com a finalidade de rechaçar possível usurpação de função, cuja resposta impõe, se for o caso, medidas judiciais em suas diversas esferas.
“O que o Sinpol espera do GDF é que a Segurança Pública esteja focada para que cada corporação exerça sua atividade fim, ou seja, a polícia judiciária em atividades de investigação e repressão aos crimes e demais forças policiais atuando na prevenção e policiamento ostensivo, seguindo os ditames constitucionais”, finaliza o presidente do Sinpol."


A POLÍCIA MILITAR confeccionar Termos Circunstanciados é a última barreira antes da população do DF perceber o quanto sua policia civil é cara e ineficiente. É verdade que toda regra tem exceção, e temos excelentes policiais civis principalmente na área de investigação, mas a grande maioria só quer saber mesmo é de puxar suas horinhas e ir dormir. Além de receber seus ótimos salários os companheiros desta policia tem que começar a pensar na sociedade, que só ganha com o serviço da POLÍCIA MILITAR confeccionando o TC, ganha em agilidade, ganha em eficiência e prestatividade. Quantas vezes o cidadão vai a delegacias e o servidor público que recebe quase vinte salários mínimos o recebe com má vontade, como se vontade do policial que está ali para servir fosse de que ninguém o procurasse.
Parem com essa hipocrisia de querer manter a confecção do TC, se bem que quem quer manter este serviço são seus representantes, pois sabem que não fazendo os TCs (que são quase 80% de suas ocorrências) não vão ter mais nada para fazer a não ser investigar. Se revoltem agentes e delegados e deixem conosco este árduo serviço de Termo Circunstanciado. Façam isso e os delegados vão poder dormir mais tranqüilos em suas casas como já fazem hoje nos seus plantões (até que um famigerado PM traga uma ocorrência para sua DP). 

PARA QUEM NÃO CONHECE: Termo Circunstanciado (TC) é um registro de um fato tipificado como infração de menor potencial ofensivo, ou seja, os crimes de menor relevância, que tenham a pena máxima cominada em até 02 (dois) anos de cerceamento de liberdade ou multa. O referido registro deve conter a qualificação dos envolvidos e o relato do fato, quando lavrado por autoridade policial, nada mais é do que um boletim de ocorrência, com algumas informações adicionais, servindo de peça informativa, para o Juizado Especial Criminal, conhecido também como Juizado de Pequenas Causas.


quarta-feira, 25 de maio de 2011

SEGURANÇA PÚBLICA NAS UNIVERSIDADES !?

Semana passada o assassinato de um jovem na cidade universitária da USP reacendeu uma discussão que existe desde o fim da ditadura militar, na verdade não uma discussão, uma mentira que de tantas vezes repetida acabou se tornando uma falsa verdade, a de que o universo universitário não permite a presença da Polícia Militar em seu meio, pois fere os princípios de liberdade de expressão.
Boa parte dos professores das universidades foram os mesmos que passaram  maus bocados na ditadura militar e tem grandes ressentimentos contra ações policiais, mesmo que a realidade seja outra completamente diferente, estes funcionários ligam ações policiais a repressão, e em alguns aspectos não estão errados, já que a repressão à criminalidade faz parte do serviço policial e talvez por isso alguns alunos e centros acadêmicos não aceitem a presença de policiais nas instalações das universidades. A presença da PM nestes centros com certeza coibiria o uso e tráfico de entorpecentes, hoje livre de repressão, já que o foco principal da ação dos vigilantes é o patrimônio da universidade e mesmo, no que se refere a segurança dos alunos está segurança é bem restrita, devido a conhecimento técnico e experiência no combate a bandidagem.
A realidade brasileira onde a violência não conhece fronteiras está criando uma situação inusitada nestas universidades federais, boa parte dos estudantes das universidades já admite e até mesmo exige a presença da segurança pública nas instituições, criando com a presença dos policiais um clima de segurança.
Segurança pública é algo que os reitores não têm que se preocupar e tentar resolver, cada um com a sua realidade, universidades tem que se preocupar em formar cidadãos transmitindo conhecimento e empreendedorismo aos alunos. Nossas universidades já têm muito com o que se preocupar já que não estão nem entre as 100 melhores no ranking mundial e tem uma produção acadêmica tão ínfima ainda se comparada com outros países.
Segurança pública tem que ser realizada por quem é especialista em segurança pública, vamos por os pés nos chão, e parar com está hipocrisia que policial não pertence ao mundo universitário, nossa realidade está cada vez mais distante disto. No DF, por exemplo, nossos policiais são em sua grande maioria formados em nível superior e o último certame teve como pré-requisito nível superior completo. A Polícia está evoluindo... e vocês reitores?

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Rádio versus PMDF

Não dá para saber se alguns programas jornalísticos tem repórteres ignorantes mesmo, ou se os comentários possuem razões políticas. Hoje no programa de rádio "alguma coisa newsfm" (não vou citar o nome da rádio para não dar ibope) que começa as 9 horas da manhã em Brasília, os comentaristas deste programa relatavam um crime que ocorreu no Lago Sul no dia 19 deste mês onde um motorista foi sequestrado quando aguardava seu chefe no lado de fora da casa do mesmo. Três elementos, dois deles menores, levaram o cidadão e a certa altura do sequestro mataram o trabalhador com quatro tiros.

Após relatarem o crime começaram a falar mal da Polícia Militar, falando que é uma área mal patrulhada, que a polícia é ineficiente, que tudo não ocorreria se nosso trabalho, de policiais militares fosse bem realizado, blá,blá,blá....Será que se passa na cabeça de tais "especialistas" em segurança pública que o POLICIAL MILITAR não é onipresente, que se passa uma viatura na hora o grupo iria agir ele não age, ele apenas espera a viatura passar para então agir. Teríamos que explicar também que a área do Lago Sul com mais de 190 mil Km quadrados não é uma rua com duas casas e um comércio, é um bairro, e um bairro muito extenso com vários condomínios fechados o que dificulta a ação do bandido, mas também dificulta a ação preventiva da policia.

Esquecem-se também que o problema no nosso país não é a policia que não prende e sim as leis que soltam estes marginais sempre com os benefícios da Lei em vigor. Com um mínimo de pesquisa, o que deve ser difícil por se tratar de jornalistas, se descobrirá que a grande maioria dos marginais (menores e maiores) presos já foram presos outras vezes anteriormente, principalmente os menores, inclusive a quadrilha que matou o cidadão no Lago Sul, tem um menor de 17 anos que já foi flagrado roubando seis residências no últimos dois meses, mas nunca chegou a ser internado. Mas esse tipo de informação não interessa ao prestigioso programa. É mais fácil falar mal da polícia, já que a polícia não se defende, nunca se defendeu, e aí fica por isso mesmo. 

É uma pena que nunca coloquem a culpa em quem a tem, nossos políticos que não fazem absolutamente nada a não ser se preocupar com a próxima eleição e com seu bolso, e deixam essa legislação penal totalmente desatualizada e ineficiente. Mas aí já é querer demais, pois estes jornalistas sabem que mesmo que estes políticos que não fazem nada sabem se defender e aí eles (jornalistas) teriam que fazer o que jornalistas de verdade fazem: brigar pela verdade, doa a quem doer, não interessando pressão política e financeira (já que as rádios recebem propagandas governamentais, claro)

Mas a internet tem mudado isso, se jornalista não briga pela verdade, nós policiais agora temos um espaço para colocar a verdade onde todos possam ler e saber o que realmente acontece. Nós moradores da capital federal temos uma POLÍCIA MILITAR limpa e eficiente, que não merece tais comentários de uma mídia, política e preconceituosa que acha que conhece de serviço de polícia e não sabe de nada.




 

segunda-feira, 16 de maio de 2011

SEMPRE PRETERIDOS, MAS POR NOSSA CULPA

Quando vamos criar vergonha na cara e perceber que a única categoria profissional que só toma cangalha e recebe promessa é a nossa querida Polícia Militar. Temos esses grandíssimos donos de associações que só querem saber de empregar parentes e amigos e ganhar dinheiro em suas associações, e não venham com esse papo hipócrita de que a associação é dos praças porque não é, nunca foi e nunca será enquanto vocês puderem ganhar dinheiro e poder com elas. Eleições armadas, deixam as associações com presidentes vitalícios, que quando saem, saem indicando seu camarada.

Nós temos que nos contentar com miséria e começar a lutar por algo digno, pois somos nós policiais militares que "levamos o piano nas costas" no DF (alguém duvida disso?), e recebemos o que com isso? NADA. É claro que não podemos esquecer de nosso representante, que tem medo de falar em qualquer lugar, só aparece em lugares onde sua turma de bajuladores já se encontra. Mostra a cara, se você é policial como gosta de falar que é, entra mostra a cara, vai nos Batalhões e ouve o que a tropa tem a falar, vai na Rp noturna, vai no PCS, procura tua base eleitoral e ouve o que eles têm a falar.

E caros companheiros, não adianta ficar colocando a culpa em oficial ou em policial civil, eles estão correndo atrás do deles, e por sinal estão fazendo bem, mas nós praças não, não conseguimos fazer isso, vivemos patinando no mesmo lugar, sem conseguir nada, se contentando com miséria, com resto. Temos que sair de nosso leito de comodidade e começar a nos mobilizar, a ficar inteligentes e cobrar de nossas dezenas de associações que nos representem e não apenas nos dê empréstimos e advogados.


Acordem praças!

domingo, 15 de maio de 2011

TEAM SIX







Seal Team Six é uma unidade de elite das forças de elite americanas com operacionais vindos da marinha, força aérea e do exército, e sua audácia é quase que um mito. Seu nome está nos holofotes devido a morte do terrorista Osama Bin Laden por este grupamento.  

Este vídeo mostra como funciona a tropa de elite que praticou a ação: o Time Seis, Team Six dos Navy Seals, responsável pela ação que matou o maior terrorista de todos os tempos. A tropa foi idealizada e fundada por Richard Marcinko, de 70 anos, que é considerado uma lenda militar americana. Na frente da propriedade onde Marcinko mora, na floresta perto da capital americana, há um aviso: invasores levam bala. Sobreviventes levam mais bala. Crianças compram bonecos dos seus tempos de ação. Sua auto-biografia é um sucesso de vendas.
Veterano do Vietnã, Dick Marcinko foi criado dentro da Tropa Especial da Marinha, os Navy Seals, as iniciais em inglês para operações no mar, ar e terra. Comandos que recrutam os mais fortes, os mais inteligentes, os mais determinados e mesmo assim, perdem 80% de seus homens nos dois primeiros anos, simplesmente porque eles não suportam a pressão.
No final dos anos 1970, quando cidadãos americanos foram feitos reféns na própria

terça-feira, 10 de maio de 2011

Boa pergunta: por que não houve saques no Japão?

Bolívar Lamounier 
Muitos leitores brasileiros gostaram de um artigo que o  jornalista Christopher Beam publicou na revista americana Slates do dia 16 de março. Gostaram com toda razão, pois a questão que Beam se propôs decifrar é o que se pode chamar de um enigma embrulhado num mistério: por que não houve saques no Japão desde o tsunami ?
Beam baseou seu trabalho numa entrevista com Mark D. West, professor da Faculdade de Direito da Universidade de Michigan. West começou por onde você e eu começaríamos: saquear é algo praticamente  impensável na cultura japonesa”; “os japoneses são disciplinados e tem um forte sentimento de colaboração social”, e por aí afora. Mas West observa que explicações desse tipo são redundantes. Por que os japoneses não saqueiam? Porque isso não combina com a cultura deles. E como é a cultura deles? É uma cultura em que saquear é impensável.

Ponto para o professor West. Quando esbarramos num fenômeno difícil de explicar, a primeira coisa a fazer é chutar as obviedades para longe. E explicações culturalistas quase sempre pecam pela obviedade. Em geral elas reintroduzem pela porta dos fundos o que supostamente despacharam pela porta da frente.
West e Beam não negam que os japoneses  tenham as qualidades que geralmente lhes são atribuídas. Também não negam que o comportamento deles tenha sido admirável. Em qualquer outro país, teríamos visto um estouro da boiada: uma horda de ladrões correndo para se apoderar de tudo o que pudesse; e muitos seriam  com certeza ladrões feitos pela ocasião, ou seja, por uma momentânea suspensão de valores morais e pela ausência do policiamento.
Como, então, se explica esse notável comportamento japonês? Para West, ele é resultado de um tripé (e que tripé!):  um sistema jurídico “robusto” + uma forte presença da polícia + organizações criminais bem participativas !

Primeiro, as leis japonesas recompensam a honestidade e prevêem punições severas para a desonestidade. Tome-se como exemplo a questão dos  perdidos e achados: os japoneses são famosos por encontrar e devolver aos donos praticamente tudo o que eles tiverem perdido.
Essa prática é ensinada desde a infância. Se você encontrar um guarda-chuva e o devolver, terá direito a uma comissão entre 5 e 20 por cento do valor dele quando o proprietário vier recuperá-lo; se ele não vier dentro de seis meses, você fica com o guarda-chuva. Portanto, os japoneses são em geral honestos, é verdade, mas são recompensados por o serem.

Segundo, a polícia é bem treinada e bem paga, e cultiva meticulosamente um padrão amistoso de relacionamento com as comunidades. Ela está por toda parte. Nas cidades, há kobans (pequenos postos com um ou dois policiais) a pouca distância um do outro. Uma pesquisa feita em 1992 mostrou que 95% dos residentes  sabiam a localização do koban mais próximo e 14% sabiam o nome de um policial que trabalhava lá.

Mas agora, meu caro leitor e minha cara leitora, preparem seus corações. Vocês sabem o que é crime organizado, não sabem? Gente que vive de extorsão, prostituição, tráfico de drogas e coisas no gênero? Pois então: desde o tsunami, os três maiores grupos organizados do Japão estão ajudando a polícia a patrulhar as ruas. Ajudando a manter a ordem e a evitar assaltos e saques. Dá para acreditar? Não? Então tem mais.

Esses grupos também distribuíram uma montanha  de ajuda humanitária – alimentos, remédios –  e arrumaram alojamento para pessoas extraviadas, inclusive estrangeiros. Um dirigente da Yakuza – um dos três grupos – declarou a um jornalista que, em momentos de crise, não tem essa de Yakuza versus população ou de japoneses versus estrangeiros: “o que há são seres humanos e temos todos a obrigação de prestar ajuda uns aos outros”.

A conclusão de Beam é impecável: nessas horas, uma cultura fundada em sentimentos de reciprocidade e comunidade  ajuda muito, sem dúvida. O que eu estou ressaltando é que, no Japão, esses traços culturais são reforçados por instituições jurídicas, policiais, administrativas etc.

Claro, o contraste entre “cultura” e “instituições” tem suas limitações. Precisa ser feito com cuidado para não virar uma história de qual veio primeiro, a galinha ou o ovo. Sempre se pode perguntar por que um gangster japonês de repente se comove  a ponto de promover ajuda humanitária a milhares de pessoas atingidas pela tragédia.
Não me consta que os traficantes do Rio de Janeiro tenham se preocupado em socorrer as comunidades devastadas pelos recentes desabamentos na região serrana.

Admitamos, porém, que há uma vantagem muito grande em falar de instituições em vez de traços culturais vagamente definidos.Instituições são mecanismos que podemos criar, pôr em prática, experimentar, aperfeiçoar e pôr em prática novamente. Podemos calcular quanto custa implantá-las e mantê-las, de quantos funcionários elas vão precisar no próximo ano etc. Podemos distinguir diferentes tipos de instituição (como fez West, que estudou as leis, a polícia e o crime organizado) e avaliar em separado os seus respectivos custos e beneficios. E, principalmente, podemos cobrar responsabilidades.
No Brasil, permanece vivo o hábito de tudo querer explicar por nossa origem portuguesa, pela colonização, pelas capitanias hereditárias etc.

Supõem-se que por aí podemos entender todas as nossas mazelas (digo nossas mazelas porque raramente alguém recorre a tais conceitos para tentar explicar alguma coisa boa), da preguiça do Macunaíma ao assalto à mão armada; de desatenções e incompetências na administração pública ao clientelismo politico; de malandragens que nos fazem rir a crueldades que nos deixam em dúvida sobre se pertencemos mesmo à espécie humana. Não estará na hora de começarmos a pensar de outro jeito?

sexta-feira, 6 de maio de 2011

TRATANDO DE FORMA DIFERENTE, IGUAIS


Passamos por uma situação inusitada na nossa corporação (PMDF), pois com esta redução de interstício, vários companheiros de farda estão comemorando e festejando a sua merecida promoção, fato este mais do que justo, mas estamos nos esquecendo que grande parcela de nossos companheiros de combate a bandidagem estão a ver navios, e eles no mínimo já possuem 8 anos de polícia militar.

Esta situação criada pela PMDF e seus gestores gerou um mal estar no nosso serviço diuturno de radiopatrulhamento, pois ao mesmo tempo em que queremos comemorar a tão demorada promoção vemos nossos amigos e parceiros de serviço sem nada, nada mesmo, e em nosso serviço (me refiro ao serviço de rua, ao qual faço parte) não há distinção entre sargento, cabo e soldado quando o vagabundo vem para cima, ou seja, o policial de rua trabalha da mesma forma independente de sua graduação, o que conta na rua é se o cara é bom ou não, se desenrola ou não a ocorrência, se pega ou não bandido, e não se ele é ou não graduado.

Temos então a seguinte circunstância de trabalho em nossos quartéis: tratamos de forma diferente iguais, dando graduações a alguns policiais e deixamos outros sem nada, o que gera uma grande insatisfação por boa parcela de policiais, e esta insatisfação é válida já que eles fazem o mesmo serviço que nós graduados, correm os mesmos riscos na atividade fim e no final somente alguns são beneficiados, de maneira que fico constrangido de comemorar a recente promoção pois meus irmãos de farda que trabalham comigo, que salvam minha vida no combate, que fazem exatamente o mesmo que eu e alguns soldados até mais do que eu não recebem nada, somente promessas vazias e datas sem confirmação.

Mas o que podemos fazer quanto a isto? Não é justo o mais antigo ser graduado enquanto o mais novinho fica ao relento? Seria se esta diferença fosse de meses ou poucos anos e não uma década como o que está ocorrendo. O justo seria que desvinculássemos salário de graduação, tempo de serviço fosse mais importante que macarrões nas mangas, pois o serviço é o mesmo (nas ruas) e a responsabilidade idem, ou ninguém nunca viu soldado comandar viatura ou mesmo dupla de po.

Então ao invés de simplesmente agradecermos esta tão demorada redução de interstício, vamos mais fundo e vamos tentar mostrar que o importante não é só o posto ou graduação e sim um salário digno, desde soldado até coronel.   

Assina um 1ºSGT que tem esperança em mudanças na nossa corporação. 

terça-feira, 3 de maio de 2011

Ladrões tentam roubar viatura da polícia em Samambaia

Dois homens tentaram roubar uma viatura descaracterizada da Polícia Civil na tarde desta segunda-feira, em Samambaia. O agente da 32ª Delegacia de Polícia estava na Quadra 307 quando foi abordado por I. A. S., 23 anos, que simulava portar uma arma, e um comparsa. O policial lutou com o outro rapaz, que conseguiu fugir, mas I.A.S. foi detido em flagrante.


O crime ocorreu enquanto o agente da Polícia Civil  levava para casa a mãe e a irmã de um menino de cinco anos, vítima de abuso sexual pelo padrasto. “O policial conduzia a mulher e a filha, de dois anos, para que a menina trocasse de roupa. Quando estava sozinho na viatura, ocorreu a tentativa de roubo”, detalhou o delegado-chefe da 32ª DP, Pablo Gomes.


Essa vagabundagem em Brasília está cada vez mais mansa, e nós como policiais em um Estado onde as leis são respeitadas ficamos a observar esses vagabundos sendo presos (por nós) e soltos pela nossa Lei, voltando a cometer crimes e cada vez mais arriscar, ainda com o agravante do bandido estar com mais experiência, onde dificilmente será preso da mesma forma, se profissionalizando cada vez mais.


*em negrito a visão da caserna