quarta-feira, 13 de julho de 2011

SEGURANÇA PÚBLICA, ELEIÇÕES E PCS

No Distrito Federal em épocas de eleição a segurança pública é uma das áreas onde os postulantes ao governo mais gostam de inventar a roda. Tentam de toda forma vender à sociedade maneira inéditas de combate à criminalidade. Pena que na maioria das vezes são invenções demagógicas que funcionaram em outras cidades ou países com realidades totalmente diferentes da brasileira.

A última jogada de marketing foi instalação dos postos comunitários de segurança (PCS) que transmitem realmente uma segurança, mas para quem mora ao lado dos referidos postos policiais, mas já a 100 metros destes ocorrem assaltos, furtos e perturbações. Isto para uma unidade federativa com quase dois milhões de habitantes. Imagine quantos postos seriam necessários para transmitir segurança para todos.

Outro ponto a ser analisado seria o do efetivo empregado. Já que a coberta é pequena, muitos policiais teriam que sair do radiopatrulhamento das ruas, o que é muito, mas muito mais eficiente para compor guarnições nos referidos postos. E em grande parte das vezes os postos estão guarnecidos com dois policiais, o que impede uma ação eficiente, pois o posto não pode ficar vazio e tão pouco o policial ir só a uma ocorrência em que desconhece a realidade da situação.
MODELO DE POSTO COMUNITÁRIO DE SEGURANÇA DO DF

Além dos policiais militares que convivem com a realidade da segurança pública, especialistas também acreditam não haver evidências da eficiência dos postos policiais. Um destes especialistas é o coordenador acadêmico do Núcleo de Segurança Pública da Fundação Universa, George Filipe Dantas, que acredita que o combate à criminalidade é mais eficiente com a realização de rondas motorizadas. Ainda segundo George, os crimes de oportunidade são baseados na idéia de que o delinqüente não vai bater de frente com o policial. Se o bandido tem certeza que todos os PMs estão estáticos, chega a conclusão de que pode circular livremente em outros locais.

Mas o que temos de errado pode se transformar em algo de proveitoso para a segurança pública se for utilizado de forma adequada. Nossa secretaria de segurança pública dispõe de mapas de incidência criminal onde são demonstrados pontos críticos de violência. Porque não dar mobilidade aos referidos postos comunitários? Colocando-os nas áreas mais criticas por um tempo, se intensificando o policiamento, compondo com o efetivo do posto, motociclistas e viaturas, e depois deste choque de policiamento com um posto 24 horas presente durante um tempo, migrasse para outra área com a mesma intenção, transmitindo assim uma sensação maior de segurança para a comunidade local. Porque isso não pode ser efetivado? Por que alguém teria que admitir a ineficiência dos postos comunitários de segurança, e admitir que um plano anunciado como salvador da sociedade deu errado é algo duro de fazer.

E enquanto isso sofre a população e os policiais que estão nas ruas em número cada vez mais reduzidos, pois seus companheiros estão engessados nos tais postos.

Um comentário:

  1. Esses postos so dariam certo se fossem moveis,sobre rodas, e nao fixos.Ai sim, poderiam sair de um lugar para outro e dar maiores resultados positivos.

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